Eu, Sou Eu

Eu, ainda sou EU

Não creia olhos fundos do ermo
que na improbidade de tuas juras de benção
condenaste esse coração ao silêncio…
Muito menos alardeie teu desfastio
Pois não comestes das rimas a canção
teus dedos finos e gélidos não mortificaram-me o coração

Não creias tu, perversa solidão
que as belas letras acabaram-se
que não serás tu mais enfeitada de arte
ainda sei amar-te
no silencio me deitar
E meus versos noite a fora luarejar!

Não pense que perdi a voz, sedento incauto
Não é mudez, em meu melhor, apenas me calo!

Eu, ainda sou Eu
E sempre serei o poeta maldito
que não nega sua poesia
que não é gentil com a senhora vida
o poeta esnobe
que não teme o tempo e nem a morte!

Nada mudou…
O homem amargo engendrou minhas linhas
mas porque deixei…
Por misericórdia me submeti para todos os olhos
que não me queriam aqui!
Por todos que amo e amei!

No entanto…

Eu, ainda sou Eu
me permito às bicadas do corvo
Mas não nego fogo…
Poeta amigo do homem sou eu
Ressurgido em tinta e papel
o espírito audacioso de Prometheu!

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